Com a atração de R$ 170 milhões para Porto Alegre em quatro anos, a presidente do Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Berenice Lewin, apresentou na Capital o balanço da instituição e um panorama de como estará a cidade na área do turismo em 2014. Entre 2010 e 2013, foram trabalhadas 600 possibilidades de negócios e atraídos 71 eventos. Os maiores deles estavam na área da saúde e do esporte. “A nossa meta é trabalhar com grandes eventos, pois eles movimentam toda a cidade”, destacou.
Em um ano, foram recebidas 150.132 pessoas em Porto Alegre e o impacto financeiro disso chegou a R$ 97,4 milhões. “Existe muito retorno para a cidade”, garantiu Berenice. Segundo ela, o Convention teve uma média anual de 20 eventos ao ano. Ela destacou a realização do 20º Campeonato Mundial de Atletismo Master (WMA), em outubro, como um dos projetos mais importantes. A Capital recebeu 4,5 mil participantes de 82 países, com retorno de R$ 8,1 milhões e gerando 19,8 mil pernoites na rede hoteleira. “O legado de conhecimento com uma competição dessas é inestimável”, disse.
Na opinião do secretário estadual do Esporte e Lazer, Kalil Sehbe, o Rio Grande do Sul está vivendo uma nova realidade nesse setor. E é essa área que deve alavancar a divulgação da Capital como um destino turístico, segundo o secretário de Turismo de Porto Alegre, Luiz Fernando Moraes. Ele disse que a Copa do Mundo de 2014 deve aquecer o cenário, porém deve servir também para que os visitantes multipliquem os conhecimentos da cidade para outros potenciais turistas. “O panorama mudou radicalmente. Turismo não é só lazer, é também saúde, eventos, esportes. O setor é gerador de renda”, disse.
A previsão é de que em 2016, o município passe a contar com a primeira parte de um Centro de Eventos com 30 mil metros quadrados, em um investimento de R$ 60 milhões do governo federal. Com isso, Porto Alegre poderá se credenciar para eventos maiores.
Pensando nisso, Berenice informou que o Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau já captou, pelo menos, 34 eventos, com estimativa de 56,9 mil participantes e 22,8 mil visitantes nos próximos três anos. “Todos os meses têm eventos e precisaremos nos preparar”, comentou. O impacto financeiro deve ser de R$ 34,3 milhões. Ressaltou também que a Capital representa forte competição com outras cidades em razão da organização, da rede hoteleira, do espaço utilizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e dos atrativos culturais.