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Medidas duras para voltar a crescer foram debatidas em encontro econômico da Apimec no Plaza São Rafael

Assim como nos últimos anos, 2014 deve encerrar com números tímidos na economia brasileira. Os desafios para o país voltar a crescer a taxas elevadas foram discutidos no último painel do 23° Congresso da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais) em evento realizado no Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos nesta semana. A tarefa não é fácil e a perspectiva para os próximos anos também não é das mais animadoras, segundo o economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marcelo Portugal. Entre as sugestões para fazer as médias brasileiras voltarem às registradas entre as décadas de 1940 e 1970, de 7,40%, as ações passam pela mudança na composição do gasto público – com prioridade aos investimentos -, abertura comercial ao exterior, elevação da escolaridade da população, direcionamento de recursos públicos a universidades de excelência para estimular a pesquisa com empresas, além das reformas trabalhista e tributária.

“Nenhum dos problemas vai ser solucionado em 2015 ou em 2016. É preciso um pensamento para crescimento econômico de longo prazo”, afirmou Portugal.

E se é preciso investimento e planejamento para as próximas décadas, medidas do governo federal no curto prazo também serão necessárias para recolocar a economia nos trilhos. A mais urgente delas, de acordo com o economista e ex-secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Aod Cunha, é a reequilíbrio da situação fiscal. Com a recuperação da economia norte-americana, a estimativa é de fuga de capitais de países emergentes para mercados mais fortes, especialmente os Estados Unidos, o que deve afetar fortemente o Brasil.
“O quadro internacional que se espera é menos favorável que o de 5, 10 anos atrás. É com esse cenário que a economia brasileira terá que pensar no curto prazo”, disse.

A escolha da equipe econômica para o próximo governo da presidente Dilma Rousseff foi vista como acertada pelo especialista. No entanto, Aod estima que a implementação de medidas pelo governo federal dependerá de grande empenho político.“A indicação de Joaquim Levy (para o Ministério da Fazenda) foi bastante feliz. Ele sabe o diagnóstico, sabe o que fazer no ambiente macroeconômico. Mas as medidas dependem muito de ajustes políticos, muito mais do que capacidade técnica”, concluiu. Outro tema em destaque no evento foi a qualidade do gasto público. Com a divulgação dos episódios de corrupção na Petrobras, maior empresa brasileira, o tema gestão e governança no setor público ganhou destaque no noticiário. Quando a questão é gasto público, nem sempre ele é acompanhado de resultados satisfatórios. Em estudo conduzido sobre a qualidade do gasto feito pelos estados brasileiros, o economista da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, Julio Brunet, apontou que, de modo geral, gastos crescentes não aumentam proporcionalmente a oferta de serviços públicos, nem a qualidade dos resultados.

“No Brasil há uma grande heterogeneidade entre as regiões, mas há um enorme espaço na gestão na busca por eficiência”, afirmou Brunet. Se aprimorar a gestão é uma necessidade urgente, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca apontou que a origem da distorção na forma de gastar o dinheiro público é histórica. Problemas vistos hoje são ainda frutos do modelo de colonização brasileiro, em que o Estado precedeu a formação da sociedade civil.Giannetti reforçou que a evolução recente da carga tributária brasileira, que passou de 24% do PIB em 1988 para 36% em 2013, não acompanhou a qualidade do gasto. Para o economista, o país precisa escolher qual modelo de estado deve ser seguido, se a manutenção do federalismo atual, onde a União concentra a maior parte da arrecadação, ou um modelo federativo efetivo, onde o dinheiro é gasto mais perto possível de onde ele é arrecadado. “Tem muita burocracia, muito gasto, muita coisa que não está funcionando. Temos que enfrentar o problema, que é um problema para um estadista”, afirmou.

Sobre o evento

O 23º Congresso da Apimec é organizado pela Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais a cada dois anos nas capitais onde existe uma Apimec Regional. Nesta edição, aconteceu em Porto Alegre (RS), entre os dias 1 e 2 de dezembro de 2014, no Centro de Eventos Plaza São Rafael. O tema central que norteou a programação de painéis do Congresso da Apimec foi “Desafios para o Brasil recuperar a atratividade e crescer com Sustentabilidade”, e o objetivo foi discutir novos caminhos que o país precisa tomar, após a realização das eleições. Entre os especialistas convidados a debater o tema estavam Eduardo Giannetti da Fonseca, os economistas Aod Cunha e Marcelo Portugal, Carlos Biedermann, da PwC, além de representantes do Ministério da Previdência Social, Fundo de Pensão da Petrobras (Petros), da BM&FBovespa e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e JPMorgan.

Sobre Apimec

A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais, Apimec Nacional, é autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a ser a entidade credenciadora e responsável pela concessão do Certificado Nacional do Profissional de Investimento (CNPI) aos profissionais da área. Além disso, a Associação é membro da entidade internacional, a Association of Certified International Investment Analysts (ACIIA). Foi criada em 1970 e tem representatividade nacional através de seis Apimecs Regionais – Distrito Federal, Minas Gerais, Nordeste, São Paulo, Sul e Rio de Janeiro.

Assessoria de Imprensa Apimec-Sul:

Fonte:

Jornalista Responsável: Grazieli Binkowski
GB Assessoria
grazieli@gbassessoria.com
(51) 8116 4278


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2024-04-20 02:00:12 - 1713578412
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