Família Imperial Brasileira no Caldas da Imperatriz

Na última semana, Santo Amaro da Imperatriz comemorou 170 anos da visita da Família Imperial Brasileira ao município. Foram quatro dias de programação e resgate da importante história em homenagem à família responsável, em 1845, pela construção de um hospital de águas termais na cidade. O Plaza Caldas da Imperatriz Resort & SPA teve a honra, na condição de apoiador do evento, de hospedar a descendência da Família Imperial, Sua Alteza Real o Príncipe D. Antônio João de Orleans e Bragança (bisneto da princesa Isabel, trineto de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina), sua esposa D. Christina de Ligne e o Filho Dom Rafael Antônio de Orleans e Bragança.

O Gerente do Plaza Caldas da Imperatriz Resort & SPA, Dário Zuffo, junto da Família Imperial, o Príncipe D. Antônio João de Orleans e Bragança, sua esposa D. Christina de Ligne e o Filho Dom Rafael Antônio de Orleans e Bragança.

Num dos eventos, a Família Imperial inaugurou um Obelisco (imagem destaque) como marco desta comemoração. O Obelisco fica em frente ao fontanário situado próximo ao Plaza Caldas da Imperatriz. “Não conhecia Caldas pessoalmente, mas estou muito contente e levo a melhor impressão possível, pois Santo Amaro é uma cidade agradável, com belezas naturais e um povo muito acolhedor. Os trabalhos realizados, as pessoas e a história ainda presente no local comprovam o motivo pelo qual o lugar encantou D. Pedro II. Aqui, nos sentimos em casa”, afirmou Dom Antônio.

Um pouco de história
Caldas da Imperatriz tem sua história registrada desde o século XVIII e faz parte da história do Brasil alterando e influenciando em diversos eventos importantes. A primeira grande incursão com destino a Caldas se dá pelas ordens do Governador Joaquim Xavier Curado, em 1800, e executada, no ano seguinte, pelo Capitão João Marcos P. Andrade, que monta uma expedição até as águas termais, partindo do Pontal. Após estabelecimento e conquista do território o próprio Governador Xavier Curado visita as referidas água termais, em 1803, fazendo as devidas inserções. Neste mesmo ano águas termais ganham notoriedade junto à Corte. Na época, era conhecida por Caldas do Cubatão. Em 1814, o Governo ordena o agrupamento de regimentos do exército em Caldas, mas os índios Bororenos, em retaliação pelo espaço perdido, atacam e derrotam os milicianos Del Rey.
Em 1816 e 1817, Caldas da Imperatriz se transforma em hospital de campanha, por ordem do General Lecor, herói português, os resultados na recuperação são extraordinários, influenciando diretamente na decisão do rei.
Em 1818, D.João VI, preocupado com a saúde do Reino Unido do Brasil e informado dos benefícios das termass na cura de diversas enfermidades como: respiratórias, do estômago e reumatismo, decreta sobre a fonte de Caldas, como a primeira do Brasil, igualando-a pelos Estatutos de Caldas da Rainha em Portugal e autoriza a execução do Projeto do Governador da capitania de Santa Catarina, para edificação de um hospital, então declara:
“Temos entre nós um manancial de beneficência pública, deixa-me assim explicar, um manancial de saúde e havemos de privar o público, a nação e enfim a humanidade deste presente que nos confiou a natureza? Ah! Não! Cidadãos generosos, o rio tesouro de águas termas que temos em frente de nossa vista, mas coberto por obstáculos, deve franquear-se a todas as gerações de um modo difícil e digno de vós. A posteridade gozando de seu benefício deve apontar o dedo e exclamar : Isto se deve aos catarinenses e honra aos benfeitores da humanidade”.
Governador Tovar de Albuquerque