O Fórum Social Temático (FST) 2014, que começa hoje e prossegue até o próximo domingo em Porto Alegre e Canoas, deverá reunir aproximadamente 50 mil pessoas na capital gaúcha. O evento irá discutir “crise capitalista, democracia, justiça social e ambiental”. A programação começa em Canoas que, de hoje a quinta-feira, sedia o Fórum Mundial de Educação (FME), cujas discussões estarão centralizadas nos temas Pedagogia, região Metropolitana e periferias. A hotelaria da região metropolitana está esperando grande movimento e com boa ocupação neste período. “Só eventos de grande porte movimentam o setor e as áreas de serviços e de gastronomia”, diz Carlos Henrique Schmidt, superintendente da Rede Plaza de Hotéis e presidente do Sindicato da Hotelaria de Porto Alegre. “Estamos com grande expectativa para isso”, disse.

Os encontros do Fórum propõem um espaço para debates, aprofundamento de reflexões e troca de experiências que objetivam articulação, proposição e luta. Cerca de 3,5 mil estrangeiros também são esperados para participar da defesa de que outro mundo é possível, diferente do construído pela globalização financeira e suas organizações. Mesas de diálogo, assembleias, exposições, atividades autogestionárias e ações da Economia Solidária serão propostas ao público. As atividades do FST irão acontecer simultaneamente na Usina do Gasômetro, Parque Harmonia, Câmara Municipal, Largo Zumbi dos Palmares, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Assembleia Legislativa, Memorial do Rio Grande do Sul e Casa de Cultura Mário Quintana. Após o encerramento do FME, os participantes se deslocarão para Porto Alegre onde, a partir das 15h de quinta-feira, partem do Paço Municipal em direção à Usina do Gasômetro, na Marcha da Paz, evento que marca simbolicamente a abertura do FST. O Comitê de Organização do evento é formado por representantes da Associação Brasileira de ONGs (Abong), Ação Educativa, Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RS), Força Sindical, União Brasileira de Mulheres (UBM) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Para o secretário de Políticas Sociais da CUT/RS, Luiz Henrique Pereira, no FME, a educação será abordada a partir da ótica de inclusão. “Pretendemos discutir o tema na perspectiva de que o crescimento da educação deve atingir todos os níveis da escola, para que todos os trabalhadores possam ser contemplados”, explica.

A escolha do tema do FST é baseada na continuidade da crise econômica. “Com a crise política e social, é fundamental refletirmos sobre o mundo que queremos”, pontua Pereira. “Será uma grande assembleia da esquerda mundial, onde debateremos sobre os capitalistas. Para nós, o Estado máximo deve prestar serviço ao público”, comenta.

Fonte: FST