Conheça as origens geológicas das águas termais do Plaza Caldas da Imperatriz

As águas termominerais têm sido usadas desde os mais remotos registros da história das civilizações, com finalidades terapêuticas nos mais variados tipos de enfermidades, quando, às fontes hidrominerais, eram atribuídas a fenômenos sobrenaturais relacionados a deuses, ninfas e outros simbolismos.

Desenho esquemático hipotético da origem das águas termais

Na região da Serra do Tabuleiro existem várias fontes de águas minerais e termominerais. Além das mais conhecidas fontes de Caldas da Imperatriz, em Santo Amaro da Imperatriz, existem fontes em vários municípios em torno da Serra, como Águas Mornas, Palhoça, São Bonifácio, Rancho Queimado, Gravatal e Santa Rosa de Lima.

As fontes hidrominerais de Caldas da Imperatriz, situadas no município de Santo Amaro da Imperatriz, já são conhecidas oficialmente desde o século XIX, por volta de 1813, quando caçadores se depararam com a surgência de água quente próximo ao Rio Águas Claras. Essas fontes, foram decretadas protegidas por D. João VI a partir de 1818.

Imagem de satélite e Caldas da Imperatriz e Serra do Tabuleiro

A origem dessas águas termominerais está diretamente relacionada à formação geológica da Serra do Tabuleiro, onde predominam rochas magmáticas como o granito róseo (Granito Serra do Tabuleiro). Essa formação rochosa apresenta um sistema de falhamentos ou fissuras geológicas (grandes rachaduras), que se estendem por vários quilômetros lineares, dispostas paralelamente, obliquamente ou perpendicularmente umas às outras, e podem atingir de 600m até 1400m de profundidade. Por essas falhas ou fissuras, de maiores proporções, ocorrem a recarga do aquífero, ou seja, a água fria, proveniente das chuvas (pluviais), vai se infiltrando lentamente, por gravidade, nas fissuras e, ao atingir profundidades próximas à 1000m, o grau geotérmico das rochas, que eleva a temperatura da rocha de 1°C a 3°C a cada trinta metros de profundidade, permite o aquecimento natural das águas, que começam a ascender ou subir por um canal natural, chamado “neck”, até chegar na superfície (fonte surgente) à uma temperatura média de 39°C e mineralizada, além de apresentar radioatividade, resultado do contato com o radônio liberado pelas rochas. Radioatividade esta, considerada benéfica para a saúde humana.

A mineralização da água se dá através de sua passagem pelas fraturas rochosas, principalmente pela subida da água aquecida, que dissolve mais facilmente os minerais contidos nas diferentes camadas de rocha ao longo de aproximadamente 600m a 1400m vertical. Desta forma, essas águas apresentam rica variedade de minerais, como: bicarbonatos, cloretos, sulfatos, nitratos, sílica, cálcio, sódio, magnésio, flúor, potássio e traços de outros minerais.

As fontes hidrominerais da região estão em Área de Proteção de Fontes, previstas em lei federal. Já, as áreas, onde ficam localizadas as falhas geológicas, que permitem a recarga do aquífero, estão dentro dos limites do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, e portanto, protegidas por leis estaduais. Assim, mal sabia, o idealizador da criação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, o Botânico e Padre Dr. Raulino Reitz, em 1975, que a criação do Parque, além de proteger a rica biodiversidade e mananciais de água potável da Serra do Tabuleiro, também estava protegendo essa riqueza hidromineral, as fontes termais de Caldas da Imperatriz, que tantos benefícios trazem para a população local e visitantes.

Os hóspedes do Plaza Caldas da Imperatriz, Resort & SPA que desfrutam de águas termominerais em piscinas internas e externas, banheiras de ofurô internas e externas, além de banheiras individuais nos apartamentos, se regozijam com os benefícios causados pelas propriedades físico-químicas das águas termo minerais à saúde física e psíquica. Mesmo àqueles que não passam pelo SPA, saem do Resort dizendo sentir-se com 10 kg a menos.

Texto e fotos dos arquivos do Biólogo do Plaza Caldas da Imperatriz – Fernando Brüggemann