Conheça a Mariposa-Beija-Flor
Inúmeras espécies de borboletas e mariposas habitam as matas e jardins do Plaza Caldas da Imperatriz, Resort & SPA. A presença delas só é possível devido à proximidade com o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, ao bom estado de preservação do ambiente e à presença de diversas flores nos jardins do Resort, que proporcionam recurso alimentar (néctar) para estes belos insetos! Entre as flores mais atrativas para as borboletas nos jardins do Plaza Caldas estão as lantanas (Lantana sp.), onde podem ser observadas inúmeras borboletas se alimentando ao longo de todo o dia.
Foto 1. Borboletas se alimentando nas flores da lantana (Lantana sp.) no jardim do Plaza Caldas da Imperatriz.
Entre as diversas espécies de borboletas e mariposas que vivem no Plaza Caldas da Imperatriz, Resort & SPA, uma delas se destaca, é a mariposa-beija-flor ou esfinge-colibri. Estas mariposas, do gênero Aellopos, recebem o nome de “mariposa-beija-flor” devido à sua semelhança física e comportamental com os beija-flores.
Comportamento
Em relação ao comportamento, a mariposa-beija-flor se alimenta de um modo diferente das demais mariposas e borboletas, com um frenético bater de asas, voa muito rápido, sendo capaz de visitar inúmeras flores em poucos segundos, muito similar ao que fazem os beija-flores. Fisicamente, elas possuem asas pequenas e triangulares, um “tufo” de cerdas no final do abdômen que parece uma cauda, além de uma mancha branca no dorso que lembra muito os beija-flores conhecidos como Topetinhos (do gênero Lophornis) e o beija-flor estrelinha-ametista (Calliphlox amethystina). Inclusive a mariposa e o beija-flor estrelinha ametista foram observados se alimentando juntos nas lantanas do jardim do Plaza Caldas da Imperatriz.
Foto 2. Mariposa-beija-flor (Aellopos sp.) e beija-flor estrelinha-ametista (Calliphlox ametistina) no jardim do Plaza Caldas da Imperatriz.
A semelhança entre as mariposas do gênero Aellopos e os beija-flores é o que os biólogos chamam de mimetismo, quando uma espécie acaba se tornando muito parecida com outra ao longo dos milhares de anos de evolução, por obter alguma vantagem que permite aumentar a sua sobrevivência e, assim, deixar descendentes. No caso da mariposa, provavelmente a semelhança com os beija-flores a ajuda a escapar de predadores, como as aves. Ao buscar por presas, estes predadores podem imaginar que aquela pequena mariposa é na verdade um beija-flor e desistir de atacá-la, aumentando, assim, as chancas de sobrevivência da mariposa. Este caso de mimetismo foi observado pela primeira vez na natureza pelo naturalista britânico Henry Bates, em visita ao continente sul-americano no século 19.
Texto e fotos: Biólogo Guilherme Willrich (@gwillrich)
Comentários