O fenômeno da camuflagem é um grande aliado para muitos animais quem vivem na floresta
Em todos os ecossistemas do planeta, ou seja, onde existir uma cadeia alimentar em funcionamento, com presas e predadores, certamente vamos observar o fenômeno da camuflagem, tanto da presa, para não ser vista pelo predador, quanto do predador para se aproximar, furtivamente, da presa sem ser notado.
Nos ecossistemas marinhos, principalmente junto aos corais ou recifes, existe uma grande diversidade de animais que se utilizam da estratégia de camuflagem como adaptação para a sobrevivência. Mas, nas florestas tropicais, como na Mata Atlântica, também é surpreendente a variedade de animais que se camuflam, em meio à vegetação densa, para fugir de seus predadores ou caçar mais facilmente suas presas. Essa eficiente adaptação, para a sobrevivência na floresta, é resultado de milhões de anos de seleção natural e adaptação ao meio em que vivem, no caso à Mata Atlântica.
Na região da Serra do Tabuleiro, onde localiza-se o Plaza Caldas da Imperatriz, existem registros de vários grupos de animais, presas ou predadores, se camuflando entre as folhagens, troncos e ramos de árvores, junto às flores, sobre pedras, e principalmente no folhiço seco no chão da mata (serrapilheira). São diversas espécies de insetos, aranhas, centopeias, planárias, pequenos peixes nos riachos, anfíbios (rãs, pererecas e sapos), répteis (cobras, lagartos e lagartixas), aves terrestres, arbustivas e arbóreas e até mesmo mamíferos de pequeno, médio e grande porte que apresentam grande habilidade na arte da camuflagem no interior da Mata Atlântica, garantindo assim, um equilibrado funcionamento da cadeia alimentar e manutenção da teia da vida.
Nas trilhas ecológicas, que realizamos com os hóspedes do Plaza Caldas da Imperatriz, junto ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, é comum a observação dessas espécies animais camufladas, principalmente insetos, como grilos, esperanças, bicho-pau, pererecas, sapinhos, camaleões; aves e até pequenos mamíferos, que deixam os hóspedes encantados com os incríveis disfarces utilizados por esses bichinhos para sobreviverem.
Texto e fotos do Biólogo do Plaza Caldas da Imperatriz – Fernando Brüggemann
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