Abdon Barretto Filho *

O jogo pode ser definido como uma atividade física ou mental tendo como base um sistema de regras que definem a perda ou o ganho. Naturalmente, existem vários tipos de jogos, sejam individuais ou coletivos. Existem pessoas que não gostam de jogar. Algumas entendem que o “jogo da vida” é o bastante. Para muitos, a  prática de  jogos de azar pode  arriscar sua reputação, seu patrimônio, sua existência. Ainda existe aquela pessoa que decide sua participação racional em um jogo. Procura conhecer as regras do mesmo e, se possível, estudar e analisar alguns resultados e conversar com participantes. Depois, decide se vai participar do jogo ou não. Também existe o jogador que entra no jogo influenciado por alguém e/ou esperando que tenha “sorte” para ser vitorioso. Existem vários tipos de jogos e de jogadores.  Nos jogos que envolvem riscos econômicos e financeiros, a Economia não consegue explicar as decisões pessoais e as motivações dos investidores. Apenas registra os resultados alcançados. Podem ser perdas ou ganhos ou a manutenção da posição. Os consultores especializados devem mostrar os cenários, as tendências e as perspectivas. Entretanto, a decisão é pessoal. Por isso, devem-se conhecer as regras do jogo em que se pretende participar. No caso dos jogos coletivos, é indispensável à existência da harmonia e a confiança entre todos os participantes. Além do trabalho em equipe existe a necessidade da definição da autoridade e da responsabilidade para cada tarefa. Se cada participante cumprir seu papel dentro do sistema de regras, o resultado será positivo para todos. Nos jogos coletivos o conceito de time complementa o conceito de equipe. No time, a escalação de cada jogador depende da sua competência, habilidade, atitude e conhecimento técnico da posição que deve atuar. Infelizmente, o responsável pela escalação, devido à própria influência do jogador e/ou por falta de conhecimento e  despreparo para o cargo, não conhece com a necessária profundidade  o tema do jogo, fazendo a escalação incorreta.Em alguns exemplos podem ser identificados  verdadeiros “jabuti s nas árvores” causando transtornos para o time e perdendo o jogo. No recente episódio da exclusão de Porto Alegre como cidade sede da Copa das Confederações em 2013, fica a alerta de que as regras devem ser cumpridas para que os jogos sejam realizados. Todo o sistema econômico envolvido para recepcionar delegações internacionais com suas seleções de futebol, visitantes, patrocinadores, imprensa mundial está prejudicado porque algo importante não foi realizado. Os meios de hospedagem investiram e continuam investindo, assim como os equipamentos e serviços da infraestrutura. Entretanto, fica o registro que se todas as regras não são cumpridas o jogo pode ser interrompido. Espera-se que fatos sejam analisados por todos os responsáveis. É indispensável união e competência para as regras sejam cumpridas e os jogos possam ser realizados. Afinal, é a união que faz a força. É o mínimo que a comunidade espera para que não aconteçam quebras das regras que garantam os jogos da Copa FIFA 2014, na capital dos gaúchos. Será ? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

* Diretor da Rede Plaza