Com a renda em alta, a classe C é o novo alvo das empresas para alavancar os negócios. Para falar sobre o potencial desse mercado e suas tendências, o sócio-diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, foi o palestrante do Almoço do Varejo – promovido na terça-feira, dia 27 de julho, pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, no Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos. Segundo Meirelles, para conquistar o consumidor, as empresas devem “falar a língua” deste público e, para isso, precisarão abandonar as formas tradicionais de aproximação. “Por ter um orçamento mais restrito, a classe C é mais exigente. Na hora da compra, por exemplo, esse consumidor não pode errar, porque não terá dinheiro para repor naquele momento.” Para Meirelles, a comunicação deve ser didática e voltada para a fidelização da marca. Números mostram que, neste ano, as classes C, D e E responderão por uma massa de renda de R$ 834 bilhões – mais de 60% de todo o rendimento dos brasileiros. Somente a classe C detém 31% deste total – o equivalente a R$ 427,6 bilhões. Nos estados do Sul, conforme o palestrante, a situação não é diferente: a região concentra o maior número de integrantes da classe C no país – cerca de 28 milhões de pessoas. “O percentual supera o Nordeste, e isso significa um nicho de mercado para os empresários gaúchos”, conclui.