Em uma convenção marcada por discursos de alinhamento ao projeto do governo federal, o PT oficializou no dia 26 de junho no Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos, a candidatura do ex-ministro Tarso Genro ao Palácio Piratini. Na presença de integrantes das bancadas estadual e federal, Tarso destacou que o projeto da coligação – que deve se definir com PSB, PC do B, PR, PPL e PRTB – se espelhará nas ações do governo Lula. Tarso minimizou no evento a ausência da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e afirmou que o PT gaúcho deve reforçar a candidatura da petista. O ex-ministro lembrou que a obrigação de apoio deve ser “de baixo para cima” e que os partidos aliados precisam obedecer à lógica nacional. Sobre a possibilidade de Lula reforçar sua campanha, Tarso ressaltou sua passagem pelos ministérios da Educação e da Justiça e garantiu que conta com o apoio do presidente. “Não tenho expectativa em relação à vinda de Lula, mas sei que sou o candidato dele no Estado. Fui ministro por sete anos, mas não vou ficar à sombra dele.”
Segundo Tarso, o alinhamento programático da coligação com o governo federal trará efeitos positivos ao Estado. “Não existe nenhuma questão local ou regional que não seja também uma questão nacional”, comparou.
Após oficializar sua candidatura ao Palácio Piratini, o ex-ministro Tarso Genro (PT) destacou que a definição do cenário eleitoral gaúcho facilitará a discussão sobre o conteúdo programático de cada aliança. O petista ressaltou que a coligação de petistas e aliados evitará o sectarismo nas eleições e priorizará o debate de ideias. “Agora, nós passamos para uma outra etapa. Vamos fazer uma comparação de programas e também uma comparação de condutas dos candidatos enquanto estiveram em seus respectivos governos”, afirmou.
Tarso afirmou ainda que o partido conseguiu formar um amplo sistema de alianças que garantirá fôlego à legenda durante a corrida eleitoral. Conforme Tarso, a união com outros partidos mostra que o PT tem capacidade não só de agregar a militância petista para ação política. “Isso demonstra a enorme capacidade de ampliação de alianças do PT nesse pleito do que qualquer outro partido”, acrescentou. A atração de outras legendas para a coligação, segundo Tarso, decorre também dos efeitos do governo federal e da aprovação do presidente Lula junto à população. “O nosso programa está apoiando esta conexão entre o desenvolvimento regional e o nacional, e isso nos permitiu ter um leque de alianças extraordinárias”, salientou.
O presidente estadual do PT, Raul Pont, observou que a coalizão com seis partidos garante musculatura ao PT na disputa. Pont reforçou que a aliança enfatizará o debate sobre distribuição de renda e desenvolvimento econômico, além de destacar que o RS precisa de um projeto em sintonia com o país. “O nosso projeto não combina com a questão obsessiva do déficit zero, de equilíbrio das contas e do Estado mínimo”, salientou. O PT deve contar para a majoritária com PSB, PC do B, PR, PPL e PRTB. Os petista coligam na proporcional apenas com PRTB. PSB, PC do B e PR disputam coligados à Câmara e à Assembleia.
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