Desde 1999, quando o Jornal do Comércio iniciou a pesquisa “Marcas de quem decide”, realizada pela Qualidata Survey para apontar o ranking de todos os segmentos empresariais na preferência e na lembrança do público gaúcho, o Hotel e Centro de Eventos Plaza São Rafael vem liderando, com larga margem de vantagem, a categoria hotel.A sétima edição da pesquisa, divulgada no dia 2 de março, comprovou mais uma vez a força do Plaza São Rafael, que conquistou pela sétima vez a liderança desta área da pesquisa. O evento registrou público recorde. Foram mais de 900 pessoas, entre profissionais do marketing, publicitários e empresários que compareceram ontem ao encontro no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, na Capital.
O diretor comercial do Jornal do Comércio, Luiz Borges, assinala que o diferencial da pesquisa é que, além de indicar as marcas mais lembradas entre os empresários, executivos e profissionais liberais, o estudo aponta as preferências deste público. “É importante para o jornal apresentar ao mercado publicitário e empresarial um instrumento que serve de análise para estudo”. “No sétimo ano da pesquisa, notamos que a cada ano há um crescimento significativo no interesse dos empresários, de nossos leitores”, explica o diretor presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero.
Borges explica que neste ano foram incluídas seis novas categorias, avaliadas por sugestão de assinantes do JC. Champanhe/Espumante, Feijão, Financeira/Crédito Pessoal, Material Esportivo, Produtos de Beleza e Queijo são os novos serviços analisados.
A pesquisa completa será divulgada em um caderno especial, veiculado no dia 28 de março, encartado na edição do jornal. Serão produzidos 10 mil exemplares extras do caderno, com distribuição em agências de publicidade gaúchas e do centro do país, além de escolas especializadas e universidades. “A cada ano cresce a solicitação da pesquisa no meio acadêmico, que serve como subsídio para dissertações e teses, mostrando que as pessoas se valem do estudo. Quando iniciamos o projeto, nem imaginávamos que teria essa referência”, destaca o diretor do Instituto QualiData, Paulo Rogério Di Vicenzi Rodrigues.
O caderno trará ainda artigos com opinião de especialistas sobre marcas e estratégias de marketing das empresas gaúchas. “Uma marca se constrói com trabalho, credibilidade, qualificação de pessoal, de equipamentos e de produto”, destaca Tumelero.

Tio João surpreende na categoria feijão

A pesquisa aponta mais uma vez a Gerdau como a grande marca gaúcha. A surpresa desta sétima edição ficou por conta da nova categoria – Feijão, onde a mais lembrada e preferida foi Tio João, que produz apenas arroz. “Isso mostra claramente a força que uma marca pode ter, quando é citada até em itens que não produz”, diz o diretor do Instituto QualiData, Paulo Rogério Di Vicenzi Rodrigues.
“A pesquisa mostra oportunidades. Parece que, se a Josapar lançasse feijão no mercado, já teria espaço entre os consumidores”, diz. Ele destaca ainda que a Ferramentas Gerais, que trabalha apenas na comercialização, também é lembrada como fabricante de ferramentas. Por outro lado, algumas categorias tiveram uma pulverização tão alta, que algumas respostas já alteraram as posições no ranking. É o caso de roupas femininas, onde dos 320 entrevistados, 233 não souberam indicar uma marca.

Empresários reconhecem importância de estudo

A pesquisa “Marcas de quem decide” é reconhecida pelos empresários gaúchos como um estudo de grande importância para definir preferências e comportamentos dos consumidores, além de determinar estratégias para as empresas. Para José Galló, presidente das Lojas Renner, o grande diferencial da Pesquisa do Jornal do Comércio é que ela atesta a marca sob dois pontos de vista: onde o cliente faria suas compras e onde ele efetivamente comprou. “Muitas vezes não adianta a marca ter destaque se não está sendo consumida”, afirma.
O diretor superintendente das Tintas Renner, Thomas Gahrmann, diz que o fato de a pesquisa ser a única no Estado com o Top of Mind e Top of Preference é um bom indicador de como as ações das empresas repercutem no mercado.
De acordo com o diretor presidente do Laboratório Weinmann, Rubens Hemb, a pesquisa é importante porque reflete preferências e necessidades dos consumidores. “A marca é um dos maiores bens de um empresa, juntamente com as pessoas que nela trabalham, se ela for bem construída vai permanecer no mercado e ser lembrada mesmo que um dia deixe de existir”, afirma Hemb.
Para Antonio Miolo, diretor da Miolo, a pesquisa é um trabalho excelente que o Jornal do Comércio faz todos os anos. “É o quinto ano que a Miolo conquista o primeiro lugar em vinhos, estamos muito satisfeitos”. Ele diz que para construir uma marca forte é preciso fazer um trabalho sério ao longo dos anos, com foco na qualidade dos produtos e satisfação. “É isso que a família Miolo tem feito com os vinhos, e os brasileiros estão descobrindo que existe bebida nacional de qualidade”, explica o diretor.
César Paim, presidente da Paim Comunicação, acredita que a cada edição a pesquisa se consolida como um projeto importante para valorizar os ativos mais importantes que as empresas possuem. “Cada vez mais as pessoas estão valorizando a marca”, afirma Paim.
Paulina Bacher, gerente de marketing da Paquetá, destaca que as vitórias que a empresa têm obtido na avaliação são o reconhecimento do trabalho de divulgação da marca. “Para construir uma marca forte a base é o ponto de venda, atendimento, publicidade e divulgação do produto”, argumenta.
A pesquisa é um bom instrumento para criar parâmetros para avaliação das estratégias que as empresas vêm tomando, afirma Daniel Tevah, vice-presidente do Grupo Tevah. “Em função dos resultados ao longo dos anos, os empresários conseguem ter a percepção em relação às estratégias adotadas, se elas estão no caminho certo ou precisam ser adaptadas”.
Na opinião de José Alceu Marconato, presidente do Sindilojas, a pesquisa é importante porque contabiliza a postura da população com relação aos produtos mais confiáveis do mercado. “A marca é o ativo mais importante de qualquer empreendimento, e tem que ser valorizada”, explica.
O superintendente-executivo do Hospital Moinhos de Vento, José Henrique Fay, lembra que os resultados da pesquisa são uma medida sobre o que está sendo feito com as instituições em relação aos formadores de opinião. “De 70% a 80% dos planos de saúde hoje são contratados por empresas, eles são os nossos formadores de opinião”, diz. Carlos Henrique Schmidt, superintendente da Rede Plaza de Hotéis, também destacou o estudo como “fundamental para o fortalecimento dos nossos serviços. Temos certeza que a qualidade do nosso trabalho é reconhecida pelo mercado e que precisamos manter isso a qualquer custo”.