A partir desta quinta-feira, 17, o sistema de saúde de Porto Alegre passa a contar com o reforço de mais 30 médicos, originários do Programa Mais Médicos, do governo federal. Em evento no Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o governador Tarso Genro, o prefeito José Fortunati e o secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, recepcionaram os profissionais da Argentina, El Salvador, Haiti, Uruguai, Venezuela, entre outros países, que atuarão nas unidades de saúde.
Com este novo grupo, a Capital passa a contar com 122 médicos trabalhando na atenção básica à saúde. Durante a cerimônia, o prefeito José Fortunati, presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), observou que a iniciativa representa a superação de um problema crônico. “As prefeituras negavam-se a assinar convênios com os governos federal e estadual para ampliar as unidades, já que não teriam os recursos humanos necessários. Foi quando, no início de 2013, a FNP lançou a campanha ‘Cadê o Médico?’, que reivindicava a contratação imediata de mais profissionais para a saúde pública brasileira. Nossa demanda foi acolhida pela presidente Dilma e hoje vemos as pequenas cidades e as periferias das grandes cidades serem contempladas”, lembrou Fortunati, destacando que, na primeira fase do programa, foram chamados profissionais brasileiros e, posteriormente, os estrangeiros. “Foi um salto de qualidade na atenção básica à saúde.”

Ampliação do acesso
A atuação da FNP também foi destacada pelo ministro Arthur Chioro. “A FNP deu a sustentação para o debate no Congresso. A alegria deste evento, fruto da união de esforços, deve ser compartilhada com todos os prefeitos do país. A coragem da presidente Dilma na implantação do Mais Médicos não seria possível sem esse suporte”, disse Chioro, lembrando que foi atingida a meta do programa – de 13.235 médicos em todo o país, mas que a iniciativa já está em ampliação. Atualmente, todas as comunidades indígenas do território nacional, por exemplo, têm a presença de um médico. Entretanto, salientou Chioro, o programa não se restringe ao chamamento de profissionais. Engloba também investimentos em infraestrutura e reforço nos cursos de graduação.
De acordo com o ministro Chioro, o governo federal destinou R$ 5,2 bilhões em reforma, ampliação ou abertura de 27 mil unidades de saúde. Desse total, o Rio Grande do Sul recebeu R$ 244 milhões para 11.071 unidades básicas de saúde. A projeção no Ministério da Saúde é de que, até o ano de 2026, o Brasil passe de 374 mil para 600 mil médicos, e, até 2017, 11,5 mil novas vagas sejam abertas nos cursos de graduação.
O governador Tarso Genro lembrou que, se existe uma política no país com um forte peso de responsabilidade social, é o Programa Mais Médicos. “A saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado. E este é o papel que o governo está assumindo”, disse. O evento também contou com a presença da secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, e do presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosem-RS), Luís Carlos Bolzan, que festejou também a geração de empregos em diversas áreas como consequência da iniciativa. A secretária fez a entrega simbólica do registro médico para três profissionais.

Mais Médicos
O Programa Mais Médicos faz parte de um pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou não existem profissionais. As vagas são oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceita candidaturas de estrangeiros.