“A Sazonalidade da Ocupação Hoteleira e a Cidade Criativa”
Abdon Barretto Filho*

Existe um consenso que antes da ocupação das unidades habitacionais dos meios de hospedagem (principalmente: hotel, resort, pousada) é indispensável que o local/cidade     (destino) onde esteja localizado tenha atratividade suficiente para o visitante, seja para realizar negócios ou conhecer os aspectos: geográficos, históricos, culturais e dos equipamentos e serviços. Na realidade, os investimentos em meios de hospedagem devem ter relações diretas com os aspectos citados. As multinacionais do setor geralmente buscam destinos conhecidos, com a demanda de visitantes superiores à oferta hoteleira local. Aproveitam a oferta insatisfatória para atender aos fluxos de visitantes. Existem também alguns exemplos das realizações de investimentos para a promoção do destino e a complementação com investimentos adequados em meios de hospedagem. Os municípios e os empreendedores locais devem estar preparados para eventuais iniciativas para gerações de novos negócios capazes de atraírem visitantes. No caso do Turismo Urbano, uma cidade pode ocupar as mentes e corações de visitantes e prováveis visitantes através de ações diferenciadas que valorizem e promovam a cultura local, como atrativo diferencial e referencial. Assim, a cultura popular, o folclore, o artesanato, o estilo de vida, as curiosidades, os eventos (positivos e negativos), as dádivas da natureza, entre outros, combinados com a hospitalidade, podem ser os atrativos para muitos visitantes. Os planejadores e gestores integrantes do sistema econômico local são importantes no processo decisório do posicionamento do Turismo Receptivo. São indispensáveis as políticas, os programas, as estratégias, as táticas e as operações focadas nos desafiantes objetivos da construção de uma “Cidade Criativa” ou um “Meio de Hospedagem Criativo” ou “Qualquer Coisa Criativa”. Convém salientar que a criatividade necessita de uma gestão adequada para gerar a inovação, transformando uma boa ideia em um bem e/ou serviço  que possa ser disponibilizado nos mercados (local, regional, nacional e/ou mundial). É óbvio que a divulgação é fundamental e a rede mundial dos computadores é a grande colaboradora quando se elabora estratégias adequadas, sempre com apoio dos veículos de comunicação da cidade. Ninguém pode amar ou odiar aquilo que não se conhece. Assim como, ninguém pode deter o conhecimento. Convém salientar, que é através da educação (em todos os níveis), da cultura e do empreendedorismo, em constante parceria com o público e o privado, que as cidades poderão melhorar sua qualidade de vida hoje e no futuro. Com sua criatividade, uma pessoa física ou jurídica (inclusive uma cidade) pode fazer diferença e ocupar um melhor lugar na Economia de Mercado, hoje e sempre. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

*Diretor Corporativo da Rede Plaza de Hotéis