A Internet das coisas está chegando
Abdon Barretto Filho*
Na Internet das Coisas ( Internet of Things – IoT), a conectividade é possível utilizando tecnologias como o RFID – Radio Frequency Identification e/ou NFC – Near Field Communication aplicadas a itens de uso diário, como camisetas e bens de luxo. Através de programas ( softwares) quaisquer objetos da casa, do trabalho, do carro ou mesmo na rua ganhará endereço próprio ou estará ligado a um. O progresso científico da Internet das Coisas vai depender do nível de integração potencial da arquitetura tecnológica utilizada combinada com a gestão de energia de infraestrutura e equipamentos; do equilíbrio entre a inteligência na “ nuvem “ e a inteligência nos repositórios locais de dados; e das ligações entre os dados que transitam em objetos com lentes de óculos, camisetas inteligentes,carros, trens, bicicletas, entre outros bens e/ou serviços que permitem criar a “ cidade inteligente “. Um exemplo é a substituição da emissão de um documento em determinado local e que poderá ser disponibilizado em qualquer outro que tenha acesso ao serviço. Segundo Rob Van Kranenburg, um dos mais importantes pesquisadores da “ Internet das Coisas”, o progresso científico pode ser ampliado a partir da união da tecnologia; economia e modelo de negócios; democracia e tomada de decisão; comunicação e uma coalização global concreta contra as alterações climáticas e a perda da biodiversidade. A “Internet das Coisas” afeta todos os domínios e todas as atividades humanos.
O pesquisador destaca que estamos comprando mais online e isso significa que as circulações nas ruas mudarão. Haverá menos lojas. A locação é um modelo lógico para os negócios para a Internet das Coisas, pois a maioria dos produtos terá diferentes prestadores de serviços para substituir algo quebrado ou estragado. Existe uma tendência de menos objetos em casa, porém de maior qualidade e durabilidade. Observa-se que a Internet das Coisas é um fluxo imperceptível entre BAN ( Body Area Nerwork); LAN (Local Area Network); WAN ( Wide Area Network). Um usuário final pagará a quem conecte os dados provenientes de seu corpo ( e Health), da sua casa ( eficiência energética e máquinas de lavar trabalhando de acordo com a gestão de energia da rua), de sua mobilidade ( carros conectados ou autônomos, veículos elétricos) e da cidade como um conjunto de serviços. É isto que a Google está fazendo: óculos e lentes de contato inteligentes; Google Car; Google.org patrocinando programas de dados abertos nas cidades. São elementos para uma nova forma de organização da sociedade. O pesquisador destaca que a iniciativa da China em permitir a abertura de dados e aplicativos para que jovens analistas e programadores possam contribuir com novas soluções para a implantação da Internet das Coisas influenciando um bilhão de pessoas. Entretanto, a maioria dos países continua construindo projetos que ignoram os avanços tecnológicos propostos pela Internet das Coisas que influencia os modelos decadentes das gestões públicas. Convém salientar que o fluxo total de conectividade pode reduzir ou eliminar seus poderes. Uma Internet das Coisas bem sucedida significa melhor qualidade de vida ( saúde física e mental); melhores negócios possíveis com base em monitoramento em tempo real para alocação de recursos; a melhor tomada de decisão baseada em dados em tempo real e informações de fontes abertas; os melhores alinhamentos dos fornecedores locais com potencial global de comunidades. Será ? Respeita-se opiniões contrárias. O tempo dirá quem tem razão. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
* Diretor Institucional da Rede Plaza de Hotéis Resorts & SPAs e Economista
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