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Diretor do Plaza escreve sobre “A concorrência da mídia eletrônica com a mídia impressa”

A concorrência da mídia eletrônica com a mídia impressa
Abdon Barretto Filho*

A História tem registrado a evolução da comunicação e muitas vezes são encontradas profecias sobre os desaparecimentos de mídias. O rádio sobreviveu à televisão; o cinema sobreviveu à televisão e ao DVD; o CD e o DVD estão sobrevivendo à Internet. Existem vários tipos de clientes para vários tipos de mídias. Alguns exemplos que merecem ser destacados. O disco de vinil e seus lançamentos novos conseguem atrair uma série de compradores que não são colecionadores e preferem o som classificado como “diferenciado”. Nas lojas estão vendendo “toca-discos” de alta tecnologia e o mercado está aquecido com novos álbuns de artistas famosos. As fitas cassete também estão circulando, assim como televisores preto e branco. Existe uma tendência a ignorar as preferências dos consumidores diferentes da nossa realidade. Para algumas pessoas que possuem rendas suficientes para comprarem novos equipamentos com avanços tecnológicos esquecem que existem outras pessoas com hábitos, preferências e rendas diferentes. É óbvio que no Efeito Demonstração, os países pobres imitam os países ricos, assim como os consumidores de rendas inferiores tentam imitar os consumidores com mais recursos. Talvez seja um dos motivos que a classe “C”, segundo várias pesquisas, tem o celular com seu principal objeto de desejo de consumo. A economia de escala está diminuindo os preços e mais pessoas estão adquirindo novos aparelhos eletrônicos. Entretanto, por que a mídia impressa, tão prática, tão acessível, incorporada na cultural universal e ecologicamente sustentável deixaria de participar da competição com as novas tecnologias? Na realidade, os desafios para os comunicadores estão em identificar, selecionar e utilizar adequadamente o melhor veículo de comunicação que possa levar a mensagem de forma mais adequada para seu público-alvo. A qualidade da mensagem é fundamental para “pôr em comum”, comunicando claramente com os interessados. Não existe razão, salvo melhor juízo, para eliminar mídias que se mostram eficazes. O mais adequado é aceitar a integração com outras mídias, sempre atendendo às necessidades dos segmentos de mercados que se pretende atingir. Para o Marketing, é indispensável o entendimento da Comunicação Integrada nas ações no mercado, reconhecendo-se que nas campanhas publicitárias que utilizam múltiplos canais de comunicação são comprovadamente as que conseguem melhores resultados. Além disso, o mercado do futuro (próximos 25 anos) terá uma presença expressiva do grupo dos idosos que gostam e preferem a mídia impressa, complementando com a televisão, radio telefone, internet e o contato pessoal (cada vez mais valorizado), como formas de relacionamentos com o resto do mundo. Quanto aos mais jovens, além dos celulares, dos encontros, entre tantas opções tecnológicas para comunicar com seus grupos, alguns não demonstram interesse pela mídia impressa. Outros preferem os grafites e as pichações (devem ser punidos pelos estragos que fazem nas cidades), exemplos pré-históricos criados e encontrados nas paredes das cavernas que continuam até hoje. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

Abdon Barretto Filho
* Economista, professor da PUCRS, Diretor da Rede Plaza de Hotéis, Resorts & SPAs

Assessoria de Imprensa da Rede Plaza de Hotéis


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