As formas de expressão das características geográficas e culturais do Rio Grande do Sul para o mundo antes, durante e após a Copa do Mundo, motivaram o “Diálogos Copa 2014“, encontro promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizado no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF). O encontro reuniu representantes dos governos federal, estadual e municipal (da Capital e interior do Estado), dirigentes esportivos, publicitários, setor turístico e empresarial. As diferenças culturais do Estado e o potencial de visibilidade de um evento como a Copa do Mundo nortearam o debate. “A Copa é a maior mídia que Porto Alegre e o Rio Grande do Sul terão“, argumentou o presidente da Associação Regional de Propaganda (ARP), e conselheiro do CCES, Fábio Bernardi. “Temos que aproveitar esta oportunidade para construirmos uma marca que fortaleça as nossas características fundamentais, e nossa sugestão é que seja em torno do acolhimento, da hospitalidade gaúcha e de nossas práticas culturais, que são inclusivas”, ressaltou o secretário estadual de Comunicação, João Ferrer.
Na Copa da Alemanha, em 2006, estima-se que uma em cada sete empresas das cidades-sedes realizaram negócios relacionados com o campeonato e, na África do Sul, a final da Copa alcançou uma audiência de 46% da população mundial. “Todo o evento gerou 73 mil horas de transmissão para 200 países, o que representa oito anos de uma TV ligada ininterruptamente”, declarou o diretor do Comitê Organizador Local (COL), Saint Clair Milesi. Para a Copa de 2014, a projeção é de que para cada R$ 1,00 aplicado pelo setor público haja um retorno de R$ 3,40 da iniciativa privada. São esperados 15 mil jornalistas e 500 mil turistas estrangeiros no Brasil, sendo 50 mil somente no Estado.
“Nossa preocupação hoje está nos detalhes que começam pela parte humana, pelo gaúcho e gaúcha e eu, até por conhecer muitos lugares do mundo, sei dessa diferenciação que nosso povo tem“, destacou o gerente do COL de Porto Alegre, Paulo Jukoski. Não podemos ficar simplesmente nos detendo nas obras, pois temos muito mais que obras para mostrar”, completou. “Hoje foram destacados alguns elementos diferenciais do Rio Grande do Sul. Enquanto país tropical teremos uma copa no inverno no Rio Grande do Sul, sua cultura sua gente, uma paisagem e tudo isso forma uma identidade para o mundo”, resumiu o secretário-executivo do CDES, Marcelo Danéris. Sob coordenação do Conselhão um grupo de trabalho será formado pelos participantes do encontro que apresentarão, até o dia 20 de dezembro, uma proposta a ser explorada pela sede gaúcha, tanto de parte do Poder Público quanto privada, de um conceito único de comunicação da divulgação do Rio Grande do Sul para o mundo, tendo como ponto de partida, o ano da Copa do Mundo.

Texto: Anna Maganin / Piratini