O resultado também mostra que 957 das empresas de 24 estados mais o Distrito Federal pesquisados no início de abril apostam num faturamento de R$ 536 milhões de janeiro a março e estimam movimentar até dezembro R$ 2,2 bilhões. Segundo o boletim, as respostas apresentadas pelos empresários do setor de agências de viagens indica uma expansão nas vendas de 97%, superando as expectativas do setor. Esses índices comprovam que os brasileiros viajaram mais a turismo dentro do próprio país. Para 98% dos empresários do setor, haverá crescimento em relação a 2004 de quase 18%. Segundo empresários, o incremento na procura tanto por viagens domésticas (saldo de 83%), quanto por internacionais (saldo de 95%), superou as expectativas.
Para o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, os indicadores positivos revelados pelo Boletim de Desempenho do Turismo, da FGV não só comprovam as apostas que os empresários fizeram no setor como apontam para excelentes resultados em 2005.
– Enquanto o IBGE apontou 0,3% de crescimento no trimestre no país, estamos às vésperas da baixa temporada e, ainda assim, é surpreendente a expectativa dos quase mil empresários que se mostram confiantes no turismo – revelou.
As boas expectativas são confirmadas, destacou o ministro, até mesmo pela sinalização dos hoteleiros de que o trimestre abril/junho terá um saldo de expansão negativo em -11% em relação a jan/mar. Segundo Mares Guia a previsão se encaixa na margem de estabilidade estipulada pela FGV, lembrando que tal período abrange a chamada baixa temporada. Ainda assim, a previsão do setor é de aumento global anual de 9,6% em relação a 2004 de um total de 78% que estima crescimento em 2005.
Quanto ao aumento na geração de empregos, uma das metas do Plano Nacional de Turismo, Mares Guia antecipou que o volume gerado em 2004 ficou consolidado em 210 mil, com previsão de chegar a 280 mil empregos, antecipou. No boletim, foram apontados saldos positivos de expansão do quadro de funcionários por agentes de viagens (84%) e promotores de eventos (15%). Já os restaurantes não indicaram ampliação do quadro, e esperam um aquecimento dos negócios para ampliar a absorção de adicional de pessoal (saldo de 19%). De acordo com as metas estabelecidas pelo Plano Nacional do Turismo (PNT), até 2007, o Ministério do Turismo tem o compromisso de criar condições para gerar 1,2 milhão de empregos e ocupações.
De acordo com o boletim, no primeiro trimestre de 2005, 83% das agências de viagens questionadas apresentaram comprovação de que os brasileiros viajaram mais para fazer turismo dentro do próprio país, aumento que também foi verificado na busca por viagens internacionais, segundo 95% dos agentes abordados. A previsão da maioria é que o trimestre abril/junho apresente uma expansão de 96% em relação ao trimestre anterior (jan/março). Para os operadores de viagem, enquanto a demanda por pacotes nacionais se manteve estável entre janeiro e março de 2005 – saldo de 3% das observações – e frustraram as previsões de aumento de 80% dos entrevistados, a demanda por pacotes internacionais superou as previsões com saldo de 72%. Os empresários acreditam que esse cenário vai se manter no segundo trimestre, mas 60% deles indicam crescimento anual da ordem de 8,1%. As viagens a lazer representaram 55% dos negócios das operadoras entre janeiro e março, as viagens a trabalho, 32%, e as de congressos e feiras, 11%.
Já os promotores de eventos superaram as previsões de declínio apontadas no levantamento anterior: 43% deles assinalaram aumento no número de eventos entre janeiro e março, um saldo positivo de 9%. Outros 72% prevêem bons resultados para o período de abril a junho em relação a janeiro/março. Segundo o mercado de eventos, durante todo o ano de 2005 haverá um aumento médio de faturamento pouco acima dos 12%. Os eventos de caráter nacional lideram o segmento (40%), seguidos de eventos municipais/locais (22%), internacionais (15%) e regionais (9%).
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